29.11.08

renovação

O novo vem surgindo na minha vida a passos largos. Cada dia uma história diferente, uma sensação diferente. Tudo de novo? Não, tudo mudado. Eu não sei mais o que esperar, mas sei que está se transformando, tomando um formato desconhecido pra mim. Até agora, fazendo um balanço do que eu tenho passado no último ano, esse aqui, que nós estamos e um pouquinho do ano passado, fica cada vez mais claro que as coisas têm começo, meio e fim. Tornando-me mais realista e preparada a cada dia pra tudo que eu sei que eu vou ter que abrir mão, para começar outras coisas.
Não quero aqui, colocar nenhuma expectativa em mim. Se eu releio isso, daqui uns dias, pode estar diferente.
Mas eu sei que, igual, nunca mais.
Meu coração e minha cabeça estão trabalhando juntos, quando eu consigo essa proeza. O resto eu prefiro viver e sentir sem pensar.
Senão, eu nunca vou saber o que poderia ter sido. Não quero deitar na cama e me arrepender do que eu não fiz. Isso jamais.
Vou ali viver, depois eu volto.

23.11.08

ciclos viciosos

Talvez, eu tenha realmente algum problema de repetir os meus erros em loop. Na verdade, aprendi com eles, mas não consigo deixar de continuar a cometê-los. Por que?
Porque eu não devo ter um pingo de dignidade dentro do meu ser. Só pode.
As pessoas (odeio generalizar, mas na verdade eu não deveria citar nomes, para preservar o orgulho de gente tão orgulhosa,prossigamos), são egoístas, orgulhosas, prepotentes, se acham donos da fábrica de cocada e semeiam angústia por onde passam. Pelo menos algumas das pessoas que eu conheço de perto e não valem um centavo.
Mas é assim.
Acho que talvez eu tenha alguma tendência masoquista incubada, ou talvez eu continue achando que tenho dentro de mim uma força capaz de mover montanhas - e mudar pessoas.
Mas no fundo, eu mudei a perspectiva de como enxergar certas situações que são do tipo "Ih caramba, lá vou eu fazer isso tudo de novo, burraaaaaaaaaaaa". Estou tentando cagar mais pras coisas. Não levar a sério mesmo.
O que me faz crer que estou me anestesiando do mundo dos relacionamentos. Por tempo indeterminado, até que apareça alguém que balance o meu coreto novamente.

Mas estou achando que o "fechada pra balanço", que pode ser entendido também como " não vou deixar ninguém entrar nesse pobre coraçãozinho partido", vai demorar mais um tempo.
O resto é risada, beijinho na boca, abraços e eventuais sexos selvagens que pretendo fazer ao longo dessa anestesia. Separei bem uma coisa da outra. Acho que é tipo o que eles fazem, pensando melhor. As mulheres deveriam aprender com os homens a segmentar sentimentos e razão.
Perdi a linha de raciocínio, por isso, por hoje, domingão fora de contexto, já chega.

18.11.08

Perdão

O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa, decorrente de uma ofensa percebida, diferença ou erro, ou cessar a exigência de castigo ou restituição.

O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa, ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê a muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, ou mesmo um justo pedido de perdão, dirigido ao ofendido, por acreditar que ele é capaz de perdoar.

O perdão é o esquecimento completo e absoluto das ofensas, vem do coração é sincero, generoso e não fere o amor próprio do ofensor. Não impõe condições humilhantes tampouco é motivado por orgulho ou ostentação. O verdadeiro perdão se reconhece pelos atos e não pelas palavras.

Existem religiões que incluem disciplinas sobre a natureza do perdão, e muitas destas disciplinas fornecem uma base subjacente para as várias teorias modernas e práticas de perdão.

fonte: Wikipedia

17.11.08

você em mim

Me abraça do mesmo jeito e me olha do mesmo jeito. Me beija com o mesmo gosto, mesma velocidade e sentimento. Me engole, me conhece, me aperta os botões certos, me conhece de trás pra frente e do avesso também.
Me ama sim. Sem dúvida nenhuma.
O amor existe sim, apesar de não poder trazê-lo mais para a vida "real". Não é real, não mais. São saudades, reconhecimento do outro.
Você me ama sorrindo, mesmo sorriso de quem se conforta com o amor que se dá e se recebe. Você sorri e me ama em silêncio. Seu tempo é o seu, mesmo tempo e ritmo e frases soltas entre os suspiros e mais sorrisos.
Seu. Meu. Nosso.
Ainda assim, sinto muito. Muito mesmo.
Meu corpo sempre será seu, mesmo que um dia eu não o entregue mais a você.
Mesmo que um dia ele pertença só a mim, a outro homem. Mesmo assim.
Será seu, porque foi seu durante esse tempo todo.
Mesmo machucado por dentro, mesmo triste, mesmo envelhecido oito anos, mesmo assim.
Sempre será seu esse corpo que carrega um coração dentro dele que já te pertenceu.

16.11.08

Excel da vida?

Será que se eu tivesse uma planilha da minha vida, as coisas ficariam mais organizadas dentro da minha cabeça?
Em tudo que eu penso que aconteceu até agora...
Peraí.
Repetitiva pra caralho. Só falo desse ano, como ele foi mau comigo, como sofri, como perdi tanto etc
Cansativo pacas. Mas o que eu posso fazer?
Se eu fizer um balanço de tudo isso, posso dizer que foi um intensivo.
Eu me apaixonei, dei com a cara no chão, eu perdi trabalhos, cheguei a achar que tava tudo enlouquecido demais e que eu poderia perder o controle.
Pior de tudo, eu não perdi o tal do controle. Antes tivesse.
Devia ter mandado meio mundo tomar no cu, mas não fiz. Não faz parte do meu show.
Invés disso vou me enfiando mais e mais nas minhas mazelas, fico doente, somatizo a porra toda e vou dormir sonhando com dias melhores.
Rezo um Pai Nosso e uma Ave Maria toda noite já tem um tempo.
Acredito no poder que eu tenho, mas não consigo deixá-lo sair. Essa força chegou a aparecer, botou a cabeça pra fora, mas voltou de novo pra dentro com novas decepções e tristezas.
Não caio. Não choro. Fico andando na beirada desse buraco enorme que se tornou meu coração com medo de escorregar pra dentro dele.
Ele foi muito maltratado, não quero me fazer de vítima. Vítima nada. Não gosto desse papel. Mas, puta que pariu, sabe?
A coragem de me reerguer precisa vir logo com toda energia necessária pra que eu acredite novamente em mim, e por consequência, nas pessoas.
É um domingo estranho e de lembranças que guardarei como aprendizado.
Voltei a ir até onde me reconheço, mas já não sou eu quem está ali deitada naquela cama.
Serei feliz. Fiz um contrato informal comigo mesma.
Tem hora pra tudo, até pra felicidade.
Chegou a hora, enfim.

12.11.08

eu quero [2]

Acordei ainda muito gripada. Olfato e paladar prejudicados. Não fui a análise, andei até a esquina da Anita Garibaldi com Tonelero e suando frio, liguei pra ela e avisei que estava voltando pra casa. Não ia forçar essa barra.
Meu corpo realmente pedindo arrego. Abusei da mente, minha vida esse ano foi uma avalanche de problemas "sem intervalos", como o Jr colocou bem.
Um atrás do outro, seguidos. Não sei como não desmoronei de vez, não saí correndo a la Forrest Gump. Acho que é a tal esperança de que tudo entra nos eixos em algum momento, que ainda me faz ficar por aqui.
Quero o que me é de direito. Eu mereço, sabe?
Agradeço os beijos, carinhos, palavras, telefonemas, emails, gargalhadas, músicas desse ano.
Não é porque foi muito difícil que não sei valorizar tudo que aconteceu de bom também.
Amigos novos, na idade e no tempo, amigos antigos que se transformaram em amigos casuais, amigos pra toda vida que seguraram a barra quando eu achei que eu ia pirar de vez.
Cada um na sua, na minha. Cada um à sua maneira me fazendo eu me sentir mais e mais eu mesma.
Porque teve um momento ali que eu me perdi de mim. A mente já não era controlada, meus pensamentos ficaram bastante confusos, sem nexo. A realidade começou a ficar muito, muito embaçada.
Meu coração voltou a sentir, e minha cabeça voltou a pensar no que importa.
Graças a mim, e a vocês, amigos.
Mil vontades de tudo.
Assim que eu sair dessa gripe(somatizada), vou pular lá fora, tomar um sol, procurar uma boca pra beijar, e continuar esperando ano que vem chegar.

11.11.08

eu quero

Todas as tristezas, me viraram do avesso. Eu fiquei orfã de casa, meu coração foi despedaçado e jogado num cantinho, varreram minhas esperanças pra debaixo do tapete. Uma hora eu resisti e disse que não, queria tentar tudo de novo. Mas ninguém quis meu retorno, ninguém. A casa esvaziou-se em torno de oito meses. Caixas empilhando, minhas lembranças sendo guardadas, segmentadas, rotuladas em pilot roxo do lado de fora do papelão marrom.
Minha vida inteira, meus cinco anos e alguns anos antes, trazidos do passado pro meu presente, que era viver ali. Não é mais.
Passada essa etapa, cuida-se do coração, né? Nada mais natural. Óbvio.
Eu não sou muita boa nisso não. Imediatamente me vi carente, procurando seiláoque por aí, não me satisfiz, me enrolei em histórias que não me pertencem. Memórias outras, completamente deturpadas, perturbadas, incrívelmente destruidoras.
Agora?
Eu quero que esse ano passe batido.
Saia daqui correndo!
Sofrimento, tive todos os possíveis.
Amadureci na velocidade da luz.
Vou engolir 2009. Porque 2008 me engoliu.
Começando um outro blog, onde minhas entranhas ficam mais expostas.
Sem censura, sem dever nada a ninguém.
Lado B de mim.
Segura na minha mão e vamos ser felizes!!

;)
Bem-vindos.