31.12.09

Clarice Lispector

"...Que minha solidão me sirva de companhia. que eu tenha a coragem de me enfrentar. que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo."

30.12.09

Carta do dia

Osho Zen Tarot : Major Arcana

18. Past Lives


Zen Tarot Card
Past Lives

The child can become conscious only if in his past life he has meditated enough, has created enough meditative energy to fight with the darkness that death brings. One simply is lost in an oblivion and then suddenly finds a new womb and forgets completely about the old body. There is a discontinuity. This darkness, this unconsciousness creates the discontinuity.

The East has been working hard to penetrate these barriers. And ten thousand years' work has not been in vain. Everybody can penetrate to the past life, or many past lives. But for that you have to go deeper into your meditation, for two reasons: unless you go deeper, you cannot find the door to another life; secondly, you have to be deeper in meditation because if you find the door of another life, a flood of events will come into the mind. It is hard enough even to carry one life....

Osho Hyakujo: The Everest of Zen Chapter 7

Commentary:

The hands of existence form the shape of the female genitals, the opening of the cosmic mother. Revealed within are many images, faces from other times.

While it might be entertaining to fantasize about famous past lives, it is just a distraction. The real point is to see and understand the karmic patterns of our lives, and their roots in an endless repetitive cycle that traps us in unconscious behavior.

The two rainbow lizards on either side represent knowing and not-knowing. They are the guardians of the unconscious, making sure that we are prepared for a vision that might otherwise be shattering.

A glimpse into the eternity of our existence is a gift, and understanding the function of karma in our lives is not something that can be grasped at will. This is a wake-up call; the events in your life are trying to show you a pattern as ancient as the journey of your own soul.

13.12.09

Domingo é pior que segunda


Acordo pra olhar o céu, ver se está aberto ou fechado. Fechado com nuvens e nuvens, daqui a pouco chove, penso.
Não dá outra, chove. Não muito forte, nem muito fraco, o suficiente pra eu voltar pra cama. Sonho bastante nessa mais uma horinha e pouco. Era o que eu precisava dormir.
Agora a chuva resolveu cair mais pesada um pouco.
Já está na hora do almoço, e eu não tenho idéia do que comer. Sei que já comi dois chocolates tipo Bis (outra marca), acordei de um sonho que provavelmente envolveu doces (lembro vagamente) e a vontade despertou comigo.
Narrando o que aconteceu comigo até agora, uma da tarde, dá pra perceber o que o domingo sem sol representa pra mim.
Preguiça, lentidão de pensamentos, um dorme-acorda eterno, tentativas de estudar o que tenho que estudar... fugir das minhas maluquices de pensamentos desnecessários, deixar muita coisa pra amanhã resolver...
Com uma chuvinha assim, o clichê filme/cama/cafuné estaria bom demais.
Ainda bem que amanhã é segunda.

3.12.09

Samba de Um Minuto (Roberta Sá)

Composição: Rodrigo Maranhão

Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.

Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.

Devagar
Esquece o tempo lá de fora
Devagar
Esqueça a rima que for cara.

Escute o que vou lhe dizer
Um minuto de sua atenção
Com minha dor não se brinca
Já disse que não
Com minha dor não se brinca
Já disse que não.

Devagar, devagar com o andor
Teu santo é de barro e a fonte secou
Já não tens tanta verdade pra dizer
Nem tão pouco mais maldade pra fazer.

E se a dor é de saudade
E a saudade é de matar
Em meu peito a novidade
Vai enfim me libertar.

Devagar...

2.12.09

Vinho, vermelhos, morangos, amoras

A minha vida é uma coisa assim, digamos, muito excêntrica. Pra não dizer nada negativo, deixemos por isso mesmo.
Tem horas que eu rio dela. Não tem outro jeito.
Hoje comecei um curso de ferramentas pra eu ingressar na minha um dia, promissora carreira de estilista, inventora de moda, desenhadora de tecidos, aviamentos, padronagens e afins. Cômico, eu diria. Claro que comigo não poderia ser diferente. Cheguei em casa pra estudar as apostilas, instalar programas e afins e me deparei com um vírus no cd da professora. Mas não é ela, sou eu. Dedo podre, talvez. Um cavalo de tróia bonitinho passeando pelo meu cd de estudos tão promissores.
Mas nem vou me botar pra baixo não.
Um gole de um vinho que ontem meu pai trouxe pra casa depois de jantarmos eu, ele, minha mãe pra comemorar os 36 anos deles de casados, me ajuda a pensar. Atualmente pouca coisa me ajuda a pensar. Álcool continua nas minhas top ten pra esse fim.
O resto vem né? O final do ano taí. A árvore da Lagoa já deve ser inaugurada essa semana, com ela o engarrafamento Lagoa-Barra de sempre. Natal de sempre, ano novo chegando de novo.
Eu tenho minhas felicidades acumuladas desse ano. Tantos amigos que eu amo, que me amam de volta, me rodeando. Estou amando de novo, mas deixemos os detalhes pra mais tarde.
Não vejo nada ali no final do arco-íris, mas dizem que se eu for ao oftalmologista, talvez ele dê jeito nesse problema de visão. Tem anos que não vou num, aliás.
Então vem 2010, chegae.
Não to dando pulinhos alegres e saltitantes pra você chegar, ano vindouro, mas to bem aliviada, pra falar a verdade. Tem suas novas perspectivas, e todo aquele blablabla de renovação.
Eu venho tentando. Tento não faltar mais a minha terapia por exemplo. Resolvi pegar pesado comigo, e cutucar o que andava evitando. Dói. Machuca a alma.
Descobri que não choro dicumforça tem tempo. Não consigo, não sai. Admiro tanto a capacidade de chorar alheia, fico com inveja mesmo. Queria chorar de soluçar e perder o ar, e ficar dando aqueles soluços. Mas não sai.
Outro dia me fechei no meu quarto, fiz todo um clima, mas não saiu uma lágrima.
Comentei com a analista que o nó na garganta existe, portanto, tenho potencial pra chorar. Mas isso aqui tá mais seco que o Saara no alto verão.
Então pacientemente espero. Espero chorar, espero sentir as coisas todas de novo, espero ter minha esperança de vida renovada.
Vou fazer o exame de vista no começo do ano pra tentar enxergar melhor o que me espera ali adiante.